28 Apr
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A escritora norte-americana Naomi Wolf disse, em 1991, no livro O mito da beleza, que a fixação cultural da magreza feminina não é uma obsessão sobre a beleza das mulheres, mas, sim, uma obsessão com a obediência feminina à sociedade. A dieta, o culto ao corpo e a ditadura da magreza, segundo Wolf, tornaram-se preocupações das mulheres ocidentais desde os anos 1920.  



Na luta pelo empoderamento do corpo feminino, a jornalista e youtuber Alexandra Gurgel, de 28 anos, afirma que é um desafio para a mulher amar o próprio corpo. Ela atribui à construção social gordofóbica que desqualifica a forma física, que não seja considerada “padrão”. Para a sociedade, segundo Alexandra, a gordura é automaticamente ligada à doença. “O IMC (índice de massa corporal) não vê genética ou classe social. Pessoas obesas podem, sim, estar saudáveis. É hipocrisia quem fala que está preocupado com a minha saúde. É a gordofobia sempre presente, o ódio ao gordo e, principalmente, ao gordo que se ama”, acrescenta. 


Entendendo a diferença entre pressão estética e gordofobia. Sim, ela existe!


Ser mulher nos dias de hoje pode ser bem complicado: se somos consideradas feias, não temos a atenção do ouvinte; se somos muito bonitas, só podemos ser burras e estar falando bobagem. Nossas capacidades são medidas por quão atraentes ou não somos, segundo o padrão de beleza vigente. É como se não importasse as coisas que fazemos ou quem somos, seremos sempre julgadas pela nossa aparência. 


Toda mulher provavelmente tem alguma história para contar em relação a isso. Mas ainda que todas nós passemos por esse julgamento baseado unicamente na nossa aparência, mulheres diferentes passam por problemas diferentes dentro desse grande monstro que é o patriarcado – que não acredita no nosso potencial como mulheres e pessoas. 


"Porque o tempo todo, à minha a volta, eu sou massacrada pelo contrário, o tempo todo eu estou ouvindo amigas falarem ”ai, comi tanto, que gordice” e, se me levanto e falo algo, sempre ouço “mas é uma brincadeira” e “ai, também é difícil pra mim. Eu também sofro com padrões de beleza”. Sim, eu sei que você sofre e é horrível, mas você não sofre o que eu sofro e preciso que você tenha empatia e veja a diferença, para caminharmos juntas." 



Fontes: www.correiobraziliense.com.br  www.revistacapitolina.com.br  

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