Nesta quinta-feira (24), o mundo acordou mais tenso, logo pela manhã no Brasil recebeu-se a notícia que a Rússia atacou a Ucrânia durante a noite. Os dois países já vinham trocando ameaças e estavam em clima de tensão há algumas semanas, mas o início da guerra foi dado hoje, após o presidente Vladimir Putin, autorizar o ataque ao seu país rival. O conflito atual acontece pois o presidente russo reconheceu a independência de dois territórios separatistas ucranianos. Porém esse conflito não é nada atual e vale relembrarmos um pouco essa história.
O início da longa história…
Os dois países tem origem do Estado oriental Kievan Rus (que foi uma confederação de tribos eslavas do leste europeu em séculos passados), por isso, muitas vezes durante suas falas, o presidente Putin dirige-se à Ucranianos e Russos como “um só povo”. Mas esses países se desenvolveram separadamente em todos os aspectos durante a história, a Rússia se desenvolveu primeiramente como um império, já a Ucrânia, não conseguiu se consolidar em um próprio Estado.
No século 17, junto com outros territórios, a Ucrânia foi “russificada’ e virou parte da Rússia, e perdeu boa parte de sua identidade e nacionalidade, e ficou assim até o século 20.Com a revolução russa de 1917, a Ucrânia conseguiu sua independência, porém, só durou até 1920, quando boa parte do território do leste europeu se tornou União Soviética.
A independência Ucraniana
Depois de muitos anos de anexações e separações, em 1991, quando a União Soviética foi dissolvida e dividida em 15 repúblicas livres, a Ucrânia conseguiu sua independência e começou a se tornar o país que conhecemos hoje.
O momento atual
Para entender o ataque desta quinta-feira, precisamos lembrar da questão da Criméia em 2014, que foi um revés geopolítico gerado pela invasão e consequentemente a anexação dessa antes república autônoma do território ucraniano. A Rússia argumenta que a Crimeia é uma região de fortes laços históricos e culturais com a população russa, porém é de conhecimento geral que há um grande interesse da economia russa na saída para um mar não congelado que existe no país.
E agora?
Após meses de aumento da presença militar ao longo da fronteira Rússia-Ucrânia, a CNN informou em dezembro de 2021 que as forças russas foram enviadas ao longo da fronteira com a Ucrânia para realizar uma invasão rápida e imediata, incluindo a construção de linhas de suprimentos, como unidades médicas e combustível. Porém, essa “invasão rápida” continua até o momento atual, pois até hoje, mais de 100 mil soldados russos permanecem na fronteira desses dois países.
A partir desse fato, o presidente norte-americano Joe Biden e outros da Europa advertiram Putin das consequências que haveriam se ele escolhesse continuar com o ataque.
Agora é necessário esperar a reação da Ucrânia e outros países ao ataque Russo, e torcer para que essa situação se resolva sem grandes consequências.